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NJ - Mantido desconto salarial de funcionários da CEF que participaram da greve geral contra reformas em 2017

A 5ª Turma do TRT-MG manteve a decisão da 30ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte que determinou a manutenção do desconto salarial dos funcionários da Caixa Econômica Federal  que participaram da greve geral deflagrada no país nos dias 28 de abril e 30 de junho de 2017. O movimento tinha como meta protestar contra as reformas trabalhista e da previdência, propostas pelo governo do então presidente Michel Temer. A ação foi movida pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região, que alegou “ser devido o pagamento dos dias da paralisação”. Para o Sindicato, a greve foi um ato legítimo e imprescindível contra o atentado aos direitos sociais. A entidade argumentou ainda que foram respeitadas as exigências legais e estatutárias, baseadas no regramento da greve, da Lei 7.783/89, e no artigo 9º da Constituição Federal. Para o desembargador Oswaldo Tadeu Barbosa Guedes, relator no processo, a Constituição Federal assegura de fato aos trabalhadores o direito de greve, competindo a eles a decisão sobre a oportunidade de exercer tal direito. Porém, segundo ele, o mesmo dispositivo constitucional que assegura o movimento paredista também dispõe sobre a regulamentação desse direito por norma infraconstitucional. De acordo com o magistrado, o período da paralisação é considerado como de suspensão do contrato de trabalho. , explica o desembargador. Em sua decisão, o relator cita entendimento de casos semelhantes julgados pelo TST, como a greve dos portuários, que foi considerada abusiva. O magistrado fez questão de registrar ainda que, tendo em vista o curto período da greve geral, não há que se falar em prejuízos econômicos e sociais excessivos aos trabalhadores pelo desconto do dia não trabalhado. Há nesse caso recurso de revista interposto ao TST.
25/03/2019 (00:00)
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