Quinta-feira
25 de Abril de 2024 - 

NOTÍCIAS

Newsletter

Cadastre-se para receber atualizações, notícias e artigos.

23/05/2019 - 13h00Oficinas priorizam o bem-estar dos filhos em caso de divórcioProteger os filhos dos prejuízos de uma separação conflituosa é o foco das oficinas que ocorrem em 18 e 19/06

Um dia, a casa vira duas e a rotina de filhos de pais separados se altera. Pensando no bem-estar dessas crianças, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em parceria com a PUC Minas São Gabriel, realizam a Oficina  de Pais e Filhos, nos dias 18 e 19 de junho. O público são as famílias em dissolução de união estável ou pórcio. Segundo o coordenador do Cejusc de Belo Horizonte, Clayton Rosa de Resende, a ruptura do relacionamento dos pais afeta os filhos. “O Judiciário, por meio da reflexão, busca oferecer apoio especializado aos pais para encontrar saídas possíveis para os conflitos e ajudá-los a perceber a necessidade de proteger os filhos dos efeitos danosos de uma separação conflituosa”, explica. A psicóloga judicial Fernanda Simplício lembra que a separação em si é um processo de mudança e gera desequilíbrios. De acordo com a psicóloga, quando ainda há conflitos entre o casal, este não consegue nem mesmo resolver questões de interesse dos filhos, como pensão, partilhas e guarda. “No litígio, há muita mágoa ou raiva, trocas de acusações, então há uma disputa por ganho. E isso acaba envolvendo os filhos. Disputam quem vai ficar com a guarda”, exemplifica. Ela esclarece que as oficinas não têm a pretensão de resolver os problemas do casal, mas ajudar a rever a postura em relação aos filhos. E ressalta que, durante o conflito, “os pais não dão mais conta de dialogar, e os filhos ficam num fogo cruzado”. Intencionalmente ou não, um ou outro pode dificultar as visitas ao filho, influenciar a criança contra um dos genitores, omitir informações sobre o menor, prejudicando a relação deste com o pai ou a mãe. Essa interferência na formação psicológica da criança ou adolescente chama-se alienação parental e também será abordada nas reflexões das oficinas. Estatísticas De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, no Brasil, foram 373.216 os pórcios concedidos em primeira instância ou por escrituras extrajudiciais. Houve um aumento em relação a 2016, quando o total de pórcios foi de 344.526, sendo a região Sudeste a que apresentou a maior taxa geral de pórcio (a taxa é obtida pela pisão do número de pórcios pelo número de habitantes, multiplicando-se o resultado por 1.000). A pesquisa aponta, ainda, que as pessoas ficam menos tempo casadas. No Brasil, em 2007, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do pórcio era de 17 anos. Em 2017, houve uma diminuição da duração do casamento para 14 anos.   E observou, também, que a maior proporção das dissoluções se deu em famílias constituídas com filhos menores de idade, a qual atingiu 45,8%.      Data As oficinas têm caráter preventivo ou de facilitador na busca de soluções para casos concretos e  destinam-se, portanto, a pais que querem se separar ou já estão em fase de separação. As oficinas de pais e mães acontecem em 18 de junho, às 18h, ou 19 de junho, às 13h30 na PUC São Gabriel, salas 107-C e 106-C, respectivamente. Pais e mães participam em dias separados. As oficinas para adolescentes ocorrem em 19 de junho, às 13h30.  Inscrições As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na Paróquia Santa Maria de Nazaré ou no Serviço de Assistência Judiciária (SAJ) da universidade, pelo telefone 3439-5232 ou pessoalmente, no endereço Rua Walter Ianni, 155, bairro São Gabriel.  
23/05/2019 (00:00)
© 2024 Todos os direitos reservados - Certificado e desenvolvido pelo PROMAD - Programa Nacional de Modernização da Advocacia