14/08/2019 -
15h35Comarca de Nanuque debate violência doméstica em escolasProjeto tem como público alvo adolescentes do ensino médio e fundamental
O objetivo é incentivar o debate do tema em todas as escolas públicas do município de Nanuque
“Um Tapinha Dói Sim”! Esse é o tema do projeto desenvolvido pela comarca de Nanuque durante a campanha Agosto Lilás. A ação constitui-se em um ciclo de palestras sobre violência doméstica contra a mulher em escolas do ensino fundamental e médio da comarca.
Na última terça-feira, 13 de agosto, duas escolas receberam as palestras: Escola Municipal Américo Machado, cuja palestrante foi a promotora de Justiça Mariana Cristina Pereira Melo, e Escola Antônio Batista da Mota (Polivalente), que contou com a participação da juíza da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da cidade, Aline Gomes dos Santos Silva.
Prestigiaram também o evento as advogadas Maíme Silva Santos e Polyana Guimarães Brito, além da socióloga do município de Nanuque, Débora França Galan. A proposta é finalizar o mês de agosto com palestras em todas as escolas públicas e particulares do município.
Os temas foram abordados de forma lúdica, com foco no público adolescente. A proposta é estimular nesses jovens a reflexão acerca do ciclo da violência contra a mulher no meio familiar.
Também integra o projeto "Um Tapinha Dói Sim! um concurso de poesias, destinado aos adolescentes. A iniciativa vai premiar os primeiros lugares e selecionar alguns textos para edição de um livro, a ser distribuído nas escolas para fins didáticos.
Agosto Lilás
A importância da Lei Maria da Penha (11.340/06), sancionada em agosto de 2006, é comemorada anualmente com a campanha Agosto Lilás. O objetivo é fomentar a discussão sobre a violência contra a mulher por meio de várias ações, tendo em vista os crescentes casos registrados no país.
De acordo com o Atlas da Violência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 4.936 mulheres foram assassinadas em 2017. O estudo aponta que de 2007 a 2017, a taxa de homicídio de mulheres negras cresceu 29.9%, e de mulheres não negras, 4,5%.